Além dos diversos prejuízos já conhecidos que o tabagismo causa a outros órgãos, como pulmão e coração, esse hábito também é apontado como o principal fator de risco para o câncer de bexiga.
O surgimento desta doença e seu potencial risco de levar a óbito estão diretamente associados aos hábitos de vida dos pacientes. Por isso, é estimado que fumantes possuem 3 vezes mais chances de ter câncer de bexiga do que aqueles que não fumam; e que tabagismo cause cerca de metade de todos os casos do câncer de bexiga entre os homens e mulheres.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o hábito de fumar é responsável por 70% dos quadros de câncer de bexiga. A prevalência é maior em pessoas acima dos 60 anos.
Mas, por que o câncer na bexiga ocorre?
A explicação está na ingestão da fumaça produzida pelo cigarro. Uma vez que a pessoa inala aquela fumaça, está continuamente absorvendo substâncias carcinogênicas pelo pulmão, que vão para o sangue e acabam sendo filtradas pelos rins. E a presença destas substâncias na urina pode danificar a parede da bexiga e causar câncer no órgão ao longo do tempo, se a pessoa continuar fumando.
O índice de mortalidade por câncer de bexiga é baixo. Porém, esse número aumenta a medida que cresce também a quantidade de novos casos ao ano.
O tumor na bexiga pode se manifestar a partir de três formas:
- Superficial: quando afeta somente a mucosa da bexiga.
- Infiltrante: quando atinge o interior e estruturas mais profundas do órgão.
- Metastático: quando o câncer evolui e atinge outros órgãos, tornando o tratamento mais complexo.
Principais sintomas do câncer na bexiga
O principal sintoma do câncer de bexiga é a presença de sangue na urina (hematúria). A hematúria também costuma ser sinal de outras doenças no trato urinário, por isso é importante um diagnóstico preciso. Assim como a hematúria, o paciente pode perceber alterações na micção conforme o tumor se desenvolver sem tratamento.
Outros sintomas incluem:
- Ardor e urgência para urinar;
- Cansaço;
- Anemia e emagrecimento.
Esse tipo de câncer (na bexiga) é um tumor agressivo, por isso seu tratamento e diagnóstico precoce são importantes para aumentar as chances de tratamento eficaz e cura.
Diagnóstico, Tratamento e Prevenção
O ultrassom, tomografia computadorizada ou ressonância magnética irão descartar outras doenças do trato urinário, e então a cistoscopia será realizada. É introduzida uma câmera na bexiga por meio da uretra nesse exame. Como tumores com menos de 0,5 cm não são detectáveis em exames de imagem, a citoscopia possibilita, além de vê-lo, realizar também sua biópsia e, dependendo do tamanho, até retirá-lo.
A biópsia é capaz de revelar se o tumor é superficial ou invasivo em relação à parede da bexiga, o que ajuda na escolha do tratamento, pois só é indicado tratamento à base de quimioterapia em casos de tumor invasivo e metástase. Outra forma possível de tratar o tumor invasivo é a partir da retirada da bexiga, que posteriormente será reconstruída.
A construção de nova bexiga é chamada de neobexiga e é feita com um segmento da alça do intestino delgado, moldado em formato parecido com o da bexiga.
Além disso, as principais formas de prevenir o câncer na bexiga é evitando o tabagismo, seja através do cigarro tradicional ou qualquer outra forma (eletrônicos, narguilé, charuto, etc) e evitando também a exposição contínua e desprotegida a substâncias químicas tóxicas.
Também não ignore sintomas como sangue na urina e faça um acompanhamento frequente com seu urologista a fim de prevenir o desenvolvimento de um possível câncer.