As pedras nos rins (cálculos renais) são acúmulos de cristais do organismo em qualquer parte do trato urinário. Só de pensar nelas, muitos já tremem de medo. De fato, as dores que caracterizam essa doença, quando se manifestam, costumam ser muito intensas. No entanto, a preocupação de outras pessoas não se foca na doença, mas sim na cirurgia para retirar os cálculos renais. Portanto, aqui vale a pergunta: a cirurgia é a única forma de tratar pedras nos rins?
Veremos neste artigo que não. Na verdade, essa doença tem vários tratamentos possíveis, que variam de acordo com a necessidade de cada paciente. Alguns cirúrgicos, outros não.
Para tratar pedras nos rins de maneira correta…
A primeira ação necessária é um diagnóstico preciso. Pois, o tratamento dependerá de informações, como localização, tamanho e composição dos cálculos renais. Por isso, é essencial que o urologista avalie o histórico do paciente, se ele tem casos familiares de pedras nos rins. Aliás, é importante também confirmar o diagnóstico por meio de exames de imagem. Isso porque outras doenças têm sintomas muito semelhantes aos cálculos renais, e precisam ser excluídas.
Opções de tratamentos não-cirúrgicos
A eliminação espontânea é a primeira delas, apesar de nem sempre ser aplicável. Quando as pedras têm tamanhos menores que 5mm, é possível aguardar que elas saiam na urina. Durante o processo, o paciente pode fazer uso de alguns medicamentos com o objetivo de aliviar a dor, ou mesmo medicamentos que facilitam a eliminação espontânea. Entretanto, para que se possa escolher essa conduta, as dores do paciente precisam ser toleráveis/controláveis.
Outra forma de tratar pedras nos rins sem recorrer à cirurgia são as ondas de choque. Uma vez conhecida a localização exata dos cálculos, o paciente é submetido a esse tratamento indolor e não-cirúrgico. Seu objetivo é fragmentar as pedras, facilitando a eliminação natural. Claro que essa estratégia também tem limitações e não se configura como tratamento viável para todos os pacientes.
Em qualquer um desses tratamentos, o hábito de manter uma alimentação e hidratação saudáveis é essencial.
E quais são os tratamentos cirúrgicos?
Os tratamentos não-cirúrgicos são sempre a primeira opção a se considerar. Contudo, quando não são possíveis ou viáveis, médico e paciente podem escolher entre diferentes tipos de cirurgia para tratar as pedras nos rins. As cirurgias abertas, modo mais tradicional de intervenção cirúrgica, são uma opção. No entanto, existem hoje em dia diversas técnicas cirúrgicas pouco invasivas. Esse nome se dá a operações que exigem cortes muito pequenos, na ordem de 5 a 10mm, ou mesmo a cirurgias sem cortes.
Um exemplo é a cirurgia endoscópica. Com o uso do ureteroscópio, aparelho inserido por via uretral, chega-se até o ureter do paciente, sendo possível fragmentar as pedras e recolhê-las. Quando as pedras se encontram no interior do rim, outro aparelho é necessário: o ureterorrenoscópio. Ele alcança os rins e faz o mesmo processo. Contudo, em alguns casos, nos quais não é possível usar a via uretral para esse procedimento, o médico pode realizar uma nefrolitotomia percutânea. Essa técnica consiste em uma punção do rim, a partir da pele da região lombar. Nesse local, entram os instrumentos cirúrgicos que fazem a fragmentação e a remoção dos cálculos.
Como você pode ver, a cirurgia não é a única forma para tratar pedras nos rins. Ainda assim, quando necessário, as modernas técnicas cirúrgicas tornam esse tratamento menos assustador.
E você? Alguma suspeita de cálculos renais? Converse com o seu urologista.