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Cirurgia endoscópica da próstata

Cirurgia Endoscópica da Próstata

Cirurgia endoscópica da próstata: o que você precisa saber?

As doenças de próstata são sempre uma preocupação no universo masculino, tanto que existe até um mês próprio para a divulgação do combate ao câncer: novembro azul. Essa importante glândula do organismo do homem tem uma função fundamental junto ao resto do sistema reprodutor, mas como todo o organismo humano, pode apresentar problemas. Para tratar alguns deles temos como opção a cirurgia endoscópica da próstata.

Quais as indicações?

Essa cirurgia é, comumente, associada a uma doença chamada Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), relacionada ao aumento do número de células da próstata. Como o próprio nome diz, trata-se de uma doença benigna, mas que, dependendo do tamanho que o órgão atinge, pode causar outros problemas.

Diante de sintomas como dificuldade para urinar ou parada repentina do jato durante a micção, sangue na urina, sensação de bexiga sempre cheia é necessário procurar uma avaliação. Em casos de alteração da próstata, o primeiro passo é acompanhar se há aumento. Tendo essa alteração de tamanho pode-se iniciar um tratamento medicamentoso. Se mesmo assim o organismo não responder bem ao tratamento, torna-se necessária a remoção de partes da próstata via cirurgia.

Como funciona a cirurgia endoscópica da próstata?

A cirurgia endoscópica visa a retirada de fragmentos da próstata que obstruem a uretra e é realizada com anestesia raquidiana (local), durando cerca de 45 minutos à uma hora. Conhecida como Ressecção Transuretral da Próstata, a cirurgia consiste em um procedimento via uretra pelo aparelho designado por ressectoscópio.

Esse aparelho faz a remoção dos fragmentos da próstata e um sistema de vídeo controla todo o procedimento. Uma ansa elétrica, muito pequena, realiza as remoções, enquanto é cuidada a questão de coagulação dos vasos da próstata, para evitar possíveis hemorragias.

Os pequenos fragmentos da próstata são, posteriormente, enviados para uma análise histológica que visa averiguar a presença ou não de células anormais. Essa fase do procedimento é fundamental para que apareça qualquer alteração que possa sugerir câncer.

Ao final da cirurgia, o paciente precisar sair carregando uma sonda uretral, que possui a finalidade de evitar o acúmulo de coágulos dentro da bexiga. Deve permanecer com ela por dois dias e depois retornar ao médico para que possa retirar.

Cuidados após a cirurgia

Esse procedimento não visa à retirada do órgão inteiro, pois se pressupõe que existe tecido prostático saudável. Sendo assim, o paciente permanece com sua próstata e por isso a vigilância contínua a respeito da saúde do órgão torna-se necessária, ao contrário do que muito se pensa, que após a cirurgia não existem mais motivos para preocupação.

No pós-operatório imediato, a avaliação é feita diariamente até à alta. Após isso, é fundamental realizar uma consulta entre o 15º dia e o fechamento do primeiro mês após a operação. Estando tudo certo, o paciente deverá seguir um acompanhamento – ao menos uma vez por ano – com avaliação clínica, toque retal e dosagem de PSA, para o diagnóstico precoce de câncer.

A cirurgia pode causar infertilidade ou impotência?

Existem riscos da cirurgia causar impotência e incontinência urinária, mas são pequenos. Em relação à fertilidade, as chances são de diminuir muito a quantidade de esperma na hora da ejaculação ou a sua força. É necessário sempre manter um diálogo aberto com o urologista, tirar todas as dúvidas e, diante de qualquer mudança do quadro, comunica-lo.

O procedimento é seguro e trará muitos benefícios para sua saúde e qualidade de vida. Se for necessário realizar essa cirurgia, não tenha medo. O seu urologista é um profissional capacitado para ajudá-lo. E na dúvida, não espere aparecer nenhum sintoma: faça, anualmente, sua avaliação médica e fique tranquilo.

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