As cirurgias urinárias, realizadas para tratar condições como câncer de próstata, hiperplasia prostática benigna ou cálculos renais, são procedimentos indispensáveis para a saúde em diversas situações. Contudo, uma preocupação comum entre os pacientes é a possível relação entre essas cirurgias urinárias e o desenvolvimento de impotência sexual.
A impotência, ou disfunção erétil, pode ser causada por diversos fatores. No caso das cirurgias urinárias, o impacto pode estar relacionado a danos nos nervos ou vasos sanguíneos responsáveis pela ereção. Esses nervos, conhecidos como plexo nervoso pélvico, localizam-se próximos à próstata e à bexiga, áreas frequentemente abordadas em cirurgias urinárias.
Destacamos, no entanto, que nem todas as cirurgias urinárias resultam em disfunção erétil. Os riscos variam conforme o tipo de procedimento, a técnica utilizada e a condição prévia do paciente. Além disso, avanços tecnológicos, como o uso de técnicas minimamente invasivas e robóticas, têm reduzido significativamente esses riscos, preservando a função sexual em muitos casos.
Cirurgias urinárias e impotência: fatores de risco e recuperação
Existem diferentes fatores que podem influenciar o risco de impotência após cirurgias urinárias. A idade do paciente, a gravidade da condição tratada, a presença de outras doenças, como diabetes ou hipertensão, e até mesmo o histórico de tabagismo, são aspectos importantes que merecem avaliação.
Os tipos de cirurgia também desempenham um papel determinante. Por exemplo, a prostatectomia radical, realizada para tratar o câncer de próstata, é uma das intervenções mais associadas à disfunção erétil, devido à proximidade dos nervos erigentes. Já procedimentos como a ressecção transuretral da próstata (RTU) para hiperplasia benigna apresentam menor probabilidade de afetar a função sexual.
A recuperação da função erétil após cirurgias urinárias pode levar tempo e depender de diversos fatores, como a técnica utilizada na cirurgia e a saúde geral do paciente. Por isso, em alguns casos, tratamentos complementares, como medicamentos para disfunção erétil, fisioterapia pélvica e terapia psicológica, podem ajudar na recuperação e melhorar os resultados.
Sendo assim, manter um diálogo aberto com o médico é essencial para entender as expectativas do tratamento e as estratégias para minimizar possíveis impactos na função sexual.
Como reduzir o impacto desses procedimentos na vida sexual
A boa notícia é que existem maneiras de reduzir os riscos de impotência associados às cirurgias urinárias. A escolha de um especialista em urologia experiente e o uso de técnicas modernas são fatores indispensáveis para preservar a função erétil.
Avanços como a cirurgia robótica têm permitido maior precisão durante os procedimentos, minimizando danos aos nervos e tecidos ao redor. Além disso, pode-se utilizar técnicas de preservação de nervos em casos específicos, quando a saúde do paciente e a condição tratada permitem.
Outra medida importante é o acompanhamento pré e pós-operatório com um urologista especializado. Antes da cirurgia, é fundamental avaliar a saúde sexual do paciente e discutir os riscos envolvidos. No pós-operatório, o acompanhamento ajuda a identificar possíveis complicações e a iniciar tratamentos precoces para reverter ou minimizar os efeitos na função sexual.
Por fim, é indispensável adotar hábitos saudáveis, como manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o consumo de álcool e cigarro. Esses fatores contribuem para a saúde cardiovascular e ajudam na recuperação da função sexual após a cirurgia. fale com o seu urologista.