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A neuromodulação é um tratamento que tem como objetivo melhorar o funcionamento ou a sensibilidade de um ou mais órgãos realizando a estimulação dos seus nervos.

Ou seja, por meio de estímulos elétricos, os quais agem diretamente nos nervos, pode-se promover alterações no funcionamento ou na sensibilidade dos órgãos afetados. Aliás, a estimulação dos nervos leva a uma resposta biológica que causa a melhora dos sintomas do paciente. Por isso, esse método tem sido utilizado por urologistas para o tratamento de distúrbios da micção.

Como a neuromodulação é realizada?

A relação entre a bexiga e a uretra com o sistema nervoso é íntima. Cérebro, tronco cerebral, medula e nervos periféricos são alguns dos responsáveis pelo controle neurológico da bexiga e da uretra. Por isso, a inervação vesical normal pode ser afetada em diversas situações, podendo ocasionar distúrbios do controle da micção e dores vesicais ou pélvicas.

Mas também existem casos em que o descontrole miccional surge sem que se possa detectar nenhum problema neurológico. Entretanto, é possível utilizar a neuromodulação em ambas as situações.

Aliás, o tratamento com a neuromodulação requer que seja feito o implante de um eletrodo, o qual permanece em contato com os nervos responsáveis pelo controle da bexiga e uretra. Esses eletrodos ficam conectados a um gerador, que promove estímulos elétricos de baixa voltagem aos nervos, proporcionando os resultados esperados.

Exemplificando, o mecanismo de funcionamento da neuromodulação é como o de um marca-passo cardíaco. Da mesma forma que o marca-passo é implantado para corrigir a arritmia cardíaca, o eletrodo ligado a um gerador de estímulos elétricos é implantado para corrigir a forma como um órgão está funcionando ou a sua sensibilidade.

Neuromodulação sacral

A neuromodulação sacral é um dos tipos de neuromodulação para o tratamento de distúrbios miccionais mais utilizado, com maior número de aplicações e que possui melhores resultados. Aliás, é comum a sua utilização nos casos de bexiga hiperativa, incontinência urinária, dor pélvica ou dificuldade para urinar.

Além disso, uma das vantagens da neuromodulação sacral é que seus resultados podem ser testados antes mesmo que os eletrodos sejam implantados definitivamente. Dessa forma, é possível descobrir se o tratamento é eficaz em apenas poucos dias.

No entanto, vale ressaltar que, mesmo que a neuromodulação seja minimamente invasiva, antes de optar por ela é importante realizar os tratamentos convencionais, como medicações e fisioterapia. E, só então, caso não haja melhora com eles, é que o paciente pode recorrer à implantação dos eletrodos.

Taxa de sucesso e efeitos adversos

Comprovada cientificamente, a neuromodulação apresenta altas taxas de sucesso. Um exemplo disso é um estudo publicado pela revista Progrès en Urologie, que revelou que, entre 1.418 pacientes selecionados, 84,8% dos casos de bexiga hiperativa apresentaram uma melhora clínica significativa.

Entretanto, existem possíveis efeitos adversos relacionados ao uso da neuromodulação. Dentre os mais comuns estão:

  • Deslocamento do eletrodo;
  • Dor local;
  • Infecções.

Além disso, alguns inconvenientes são que os efeitos positivos podem diminuir com o passar do tempo e, após alguns anos de funcionamento, é necessário trocar a bateria do gerador.

Mas, apesar disso, a neuromodulação é muito eficaz e pode ajudar a melhorar consideravelmente a qualidade de vida do paciente. Converse com seu urologista sobre esse tratamento!

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