A postectomia é a cirurgia para correção da fimose. Essa condição se caracteriza pelo excesso de pele do prepúcio, pele que recobre a glande, também conhecida como cabeça do pênis. O excesso de pele não permite que a glande seja exposta. Em sua grande maioria, os meninos nascem com essa condição.
É comum que a fimose nos meninos desapareça até os três anos de idade, isso porque, quando os meninos nascem, o prepúcio está aderido à glande e esse descolamento natural acontece conforme o menino cresce. Caso isso não aconteça, é necessário uma intervenção médica.
Entretanto, há casos em que os pais ou cuidadores não observam essa condição e o menino chega à fase adulta sem ter corrigido seu quadro de fimose. Nestes casos, indica-se a postectomia, cirurgia para correção da fimose.
Como se realiza a postectomia em adultos?
Trata-se as dores e o desconforto com o uso de analgésicos e os pontos da cirurgia são absorvidos. Nos casos em que não se utilizam pontos absorvíveis, o paciente deve retornar para retirar os pontos em 7 a 8 dias.
Realiza-se a cirurgia para correção da fimose – postectomia – com anestesia local. O médico retira o excesso de pele que está recobrindo a glande e depois sutura o local. A recuperação e o retorno às atividades cotidianas são rápidas.
Em aproximadamente 10-14 dias após o procedimento, o paciente já não sente mais desconfortos ou dor.
A fimose em adultos prejudica as relações sexuais?
Sim. O excesso de pele pode causar dor durante a ereção e no movimento de penetração, podendo ocasionar lesões no pênis. Além disso, alguns homens relatam muita sensibilidade ao toque no pênis por causa da pouca exposição da glande. Isso acontece porque a glande passa muito tempo coberta pelo excesso de pele fazendo com que ela permaneça sensível a um simples toque.
Após a postectomia, a glande fica mais “espessa” e o paciente não sofre mais com essa hipersensibilidade. Do mesmo modo, a cirurgia para correção da fimose auxilia no combate a balanopostite, uma inflamação que ocorre no prepúcio e na glande que, geralmente, recebe tratamento com o uso de anti-inflamatórios e antibióticos.
Nesse sentido, a postectomia auxilia na diminuição da transmissão do vírus HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Ela também ajuda a reduzir as chances do paciente desenvolver uma infecção urinária, pois muitas dessas condições se desenvolvem pela dificuldade da higienização correta do pênis.
Parafimose e a postectomia
Outra condição que deve ser tratada com a postectomia é a parafimose. Essa condição acontece quando o indivíduo portador de fimose consegue expor a glande, mas não consegue recobri-la novamente. A parafimose é uma emergência urológica, pois causa bloqueio ou dificuldade no fluxo sanguíneo do pênis, causando dor e edema.
Em casos leves de fimose, o tratamento pode ser clínico com o uso de pomadas à base de corticoides, porém não deve ser feito por longos períodos. Caso você ainda tenha dúvidas sobre a postectomia, entre em contato com o seu urologista.